domingo, 19 de setembro de 2010

Amante da lua.



Me faça voar para a lua e
me deixe brincar entre as estrelas.
Me deixe ver como é a primavera,
em Júpiter e Marte
Em outras palavras, segure minha mão.
Em outras palavras, querido, me beije.
Encha meu coração com música
e me deixe cantar para sempre.
Você é tudo o que eu anseio,
tudo o que cultuo e adoro.
Em outras palavras, por favor, seja real.
Em outras palavras, eu te amo.

São paulo y noche para mí. Rafatchello.


La noche no quiere venir,
yo quiero estar cerca de ti,
y poder robarte un beso,
y si no sabes quién es,
y poco a poca dejaré,
que me vayas descubriendo,
quiero estar cerca de ti,
cuando rompa el amanecer,
o cuando se esté oscureciendo.

Tu amor me ha robao el alma,
tu amor me ha robao el sueño,
y a mi me dejó sin nada,
de la ilusión me mantengo.

Soy cautiva de tus besos,
que a mi me queman por dentro,
mi ilusión y mi alegría,
eres toíto lo que tengo.


Y paz de amor se oia y una rosa seré ,
para ti y en mis sueños respondia ,
nunca te olvides de mi.

sábado, 18 de setembro de 2010

No fim do dia..




Só quero saber do que pode dar certo.
Não tenho tempo a perder.
Já tive medo do escuro..
Hoje no escuro "me acho, me agacho e com um copo de martini fico ali.

Uma boa musica do meu mp3.



Se um dia eu deixar você baby... você pode dizer que eu te disse!

E se eu te machucar... Você sabe que eu me machuquei também.

É que todo o caminho para um homem exercer .
Você acha, o que eu quero o meu amado foi .
Disse eu te amo .
Mais do que você jamais saberá .
Mais do que você jamais saberá .

Quando eu não estava fazendo muito dinheiro .
Você sabe onde foi o meu salário .
Você sabe que eu trouxe para casa para o bebê .
E eu nunca gastei um centavo vermelho .

É todo o caminho para um homem exercer .
Você acha que eu quero o meu amado foi .
Disse eu te amo .
Mais do que você jamais saberá .
Mais do que você jamais saberá .

Eu não estou tentando ser .
Apenas qualquer tipo de homem .
Eu só estou tentando ser alguém .
Você pode amar, confiar e entender .
Eu sei que pode ser .
Uma parte de você que ninguém podia ver .

Eu só quero ouvir, a te ouvir dizer .

Estou só a carne e o sangue .
Mas eu posso ser tudo o que você procura.
Eu posso ser o rei de tudo.
Ou apenas um grão de areia .

É dessa maneira que um homem pode continuar .
Você acha que ele quer o que seu amado foi pouco .

Já senti muita falta de alguém, mas nunca disse.

Eu nunca disse o essencial, por que o essencial a gente nunca diz.
E eu nunca disse que;
O Paraíso é... Onde quer que estejamos juntos.

Em cada um dos nossos corações quando estamos juntos.

(São paulo 19/setembro/2010 02:17hs. Rafis.)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gente praticamente minha biografia não autorizada!




A única diferença é que minha cafetcheena nunca usou óculos e a minha tatoo de eshcorpião é BEM MAIS PRA BAICHO!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um passeio sem rumo


Meu coração está perdido, e não tenho um mapa entre as mãos. melhor que isso: tenho guardada no bolso passagem só de ida pra lá. que minha partida seja suave, e que se me vier vontade de ficar por lá eu encontre um porto. que tudo se ajeite aos poucos, que seja leve, que seja adocicado. que eu não tropece em qualquer sonho deletério e, se tropeçar, que me levante sem maiores estragos. que aqueles sorrisos permaneçam iluminando meu caminho, seja ele mera passagem ou destino final. sem tumulto, sem sobressalto, um passeio sem rumo certo nem data pra terminar.

meu coração perdido não tem pressa de se encontrar.

meu medo de ser assim pra sempre.



De repente te pegas acendendo um cigarro na ponta do outro que foi aceso na ponta do anterior e assim sucessivamente de maneira que já perdeu a conta das bitucas e das tragadas profundas e das horas e horas que te encontras nesse espiral de incerteza e falsa calmaria e suspira devagaaaar.

Com essa gente de cabelo cor de fogo que te remete a lugares onde nunca esteve e pra onde gostaria desesperadamente de tele transportar sua alma, aquela que já não tem paz há infinitos dias e noites, semanas talvez, mas já passa das cinco, hora de abrir os trabalhos com o primeiro drink da noite que ensaia sua chegada, hora de amaciar sua alma pra aproveitar mais e melhor aqueles breves instantes em que o céu muda de cor a cada minuto e que, bem sabe, só de abrir os olhos e respirar o fresco, tudo parece estar no seu exato lugar, não importa muito a latitude ou a longitude em que te encontres levas a doce certeza de que o caos sempre cessa momentaneamente nos anoiteceres como que por encantamento e, infantil, repete mentalmente passes de mágica empoeirados da sua infância na esperança de que aquele breve presente se prolongue mais e mais, de que os ponteiros da sua alma congelem ali, onde está constantemente anoitecendo.

Sim, anoitecendo, porque já não presencia qualquer tipo de amanhecer cheio de graça de que falam os poetas desde sabe deus quando, e isso não tem importância desde que te aceite como este ser feito de estranhamentos e fugas constantes, precário e altamente inflamável, és pólvora à espera de qualquer faísca pra te consumir em chamas, ou de algum líquido pra te encharcar e assim te tirar da beira do abismo em que caminha bebada sem pára-quedas nem rede de proteção pra amortecer a queda que fatalmente virá pra te redefinir num amontoado de cacos cortantes, partes de um todo que jamais será recomposto da mesma maneira que antes, o que não te desagrada de tudo, porque pode ser cômodo te reconstruir em figuras inesperadas e indefinidas sem nada esperar ou desesperar, e pode no final das contas sair algo bonito, flor radioativa pra enganar algum desavisado que te acolha delicadamente e aspire teu perfume mortífero iniciando a própria morte lenta-linda-dolorosa a que o conduzirá mais esse brevíssimo navegar impreciso teu, pois só sabe ser diva enlouquecida, contramão, avesso, é o equívoco macio capaz de fazer naufragar tripulações inteiras em mares de risos e falsos festejos, é a escolha mais óbvia, a mais sedutora, a inevitável e, no entanto, é sempre um erro de cálculo para os inocentes, o atalho mais curto para o beco sem saída de uma tragédia a tragédia que é você.

E do belamente trágico se nutre e segue acendendo cigarros em pontas de cigarros acesos em pontas de cigarros anteriores a cada anoitecer e a cada engano sutil e a cada afago porco que ofereces quando pedes para que fiquem, para que cuidem de ti, como se fosse questão de mero reparo toda essa bagunça em que se derrama cada vez que alguém ultrapassa tua linha de segurança, e pela enésima vez jura o eterno e o incondicional a quem só legara confusão e faltas de ar a cada breve movimento seu, e assim se confunde cada vez mais na espessa lama de culpa e miséria em que se afoga cedo ou tarde, pois cedo ou tarde não haverá resposta aos teus pedidos de socorro e de colo e de aconchego e só te sobrará a última queda, a queda definitiva rumo ao inferno particular que cultivaste com cada mentira que disse, com cada olhar que desviaste, com cada promessa que quebraste, com cada frase que não terminaste.

Doces águas do equívoco



Amor romântico é mais um dos clichês absolutos. Borboletas agitadas no estômago, sorriso bobo permantente, drogas cerebrais deleitando e amolecendo o corpo, necessidade inexplicável de estar próximo. Você sabe que vai dar em nada, é sempre assim, afinal, mas nem por isso deixa de se jogar de corpo e alma no precipício da vez. Sim, é sublime, é cor-de-rosa, é novidade para o ritmo do coração, mas sempre é mais um romance, mais uma paixão, talvez mais um amor, mas que inevitavelmente vai te quebrar as pernas e apodrecer o fígado ao final. Ou não, diria você, pouco escolado nas armadilhas da vida aos pares. Basta olhar para os lados e você verá que esse ou não não cabe. É provisório, conforme-se. Nunca é pra sempre, beibe.

Eu já acreditei em abraços-e-carinhos-e-beijinhos-sem-ter-fim. Já enxerguei amor onde havia um cronômetro em contagem regressiva num tic-tac ensurdecedor. Já elegi o melhor sexo do mundo até mudar de idéia ao último grande encontro de corpos (a propósito, sparkling: é esse o adjetivo, nessa língua, assim sonoro, remetendo a fogos de artifício subvertendo o céu norturno, é essa a palavra indicativa de perigo quando lhe vem entre lençóis). Eu já mudei os rumos da minha vida por alguém e já acreditei em ser feliz para sempre como nos contos de fada. Balela. É momento, circunstância, romance de folhetim. interesses mútuos até que a maré das circunstâncias tomem rumos opostos e afoguem a parte que fica pra trás, sim, alguém sempre vai encher os pulmões de água salgada até recuperar o ritmo da respiração pra se curar apesar das cicatrizes que as tragédias amorosas deixam desenhadas na gente. Assim sendo, depois de certo tempo a gente passa a enxergar no espelho uma pintura impressionista mal feita, torta, derretida, sem sentido algum. E aí a gente se fecha, até que algum desavisado tão borrado quanto a gente ache graça na bagunça em que nos construímos/destruímos e outro encontro temporário se arquitete.

Imagino que seja uma noção comum, essa, a de que já estamos tão avariados que a própria avaria, em sua totalidade, acaba nos deixando mais seguros. Será? existirá um ponto de extrema secura em que nada mais pode nos magoar? haverá o dia em que a redoma de proteção, a bolha dos avulsos será de fato eficaz? cheguei a adotar essa possibilidade como verdade, mas os rumos do coração a gente não escolhe, mesmo sabendo o mecanismo dessas histórias, sempre a dor arenosa do deserto nassariano pra finalizar mais um equívoco. E a última queda é sempre a mais doce, a que escorre mais densa, lenta e prazerozamente, a que aos poucos nos consome a ponto de nos levar a acreditar em tudo pra logo após desacreditar no mundo e desistir temporariamente do conforto de não ser só.

Talvez realmente não possam o tempo e os caminhos tortos que a gente toma corromperem nosso consurmir-se avassaladoramente em amores incertos, talvez a lucidez seja inseparável do tormento, talvez. Pode ser que só assumindo riscos e apostando inveteradamente na frágil deontologia do amor sejamos felizes e completos, ainda que aos pingos. E mesmo você que já nem sabe quem é, tantas as vezes que se reconstruiu do aparente nada, há de concordar: só os bichos são realmente fiéis, digo, cedo ou tarde alguém que lhe pareça divino vai te fazer mais uma vez perder o prumo e apostar as fichas que você já nem sabe se tem numa possibilidade, sim, uma mera possibilidade. E quem não quer? eu digo sim, eu quero sins.

Fazendo a linha Paris

O mínimo do homem dos sonhos: se arruma em quinze minutos, não entra em todas as lojas querendo comprar tudo, não é vegetariano, viaja só com uma mala, não tem ciúme até da própria sombra, tem orgasmos múltiplos e nunca nega sexo, não tem os pés gelados nem ciúmes até da própria sombra e não ronca nem arrota alto. enfim, não existe.

O homem erra quando numa noite de sexta-feira em são paulo ou em qualquer outra metrópole ele se entrega ao ritual de se montar. Para os desavisados, tal ritual consiste em, perto das dez da noite, abrir uma cerveja trincado ou servir uma dose de uísque com guaraná zero, colocar madge ou lady ga-ga-ga-gaga pra berrar no laptop e se perder entre jaquetas e maquiagens diversas. depois de alguns goles a trilha sonora fatalmente evolui pra she wants revenge. Porque, no caso específico de são paulo, as ladies bagaceiras estão em contagem regressiva pras red flags and long nights que a balada promete, e todos os trinta e dois pares de sapatos supreendentemente encontram-se largados pelo quarto/closet. Sim, isso é sempre um erro. se não, vejamos.

Que tipo de ser se dá ao trabalho de pintar a cara durante vinte, trinta minutos, sabendo que a produção mal vai durar até a porta do destino semi-final (a baladinha), e quem dirá até o implicitamente planejado final: alguma cama bem servida? qual pessoa com um mínimo de amor à própria coluna optaria voluntariamente por se equilibrar durante as próximas horas sobre um taco de cinco ou sete centímetros com os dedos espremidos num bico fino? o que leva alguém homossexual a se arrumar pra impressionar mais seres do mesmo sexo do que os machos supostamente alfa a serem catados por aí? até porque beesha phina que é bem phina des-pre-za esses tais ditos alfas grandalhões por bem saber que o alfabeto é vasto, que homem é cego pra delineador e que a cueca nunca é devidamente apreciada quando o último capítulo da noite é realmente bem aproveitado, o que costuma acontecer com gamas ou ômegas, em regra absolutamente desligados pra detalhes imperceptíves ao toque, ao olfato ou a um olhar menos intimista.


Não há justificativa racional pra produções que levam mais tempo pra serem executadas do que duram após finalizadas. Sorte dos não alfas, que pulam dentro de uma calça dois números menor, de uma camiseta de mil novecentos e noventa e kevin e deixam o cabelo como está desde segunda-feira pra, simples assim, terem garantidos os olhares de ao menos meia dúzia de donas glorinhas fogosas durante a noite. E sorte das gays que confiam em seu taco a ponto de saírem de casa depois da meia-noite sem salto nem quilos de base e pó (pó compacto, diga-se). Na verdade esses bofescandalos têm a vantagem de não se transfigurarem durante a noite, de não parecerem zumbis com olheiras do tamanho das bochechas após as três da manhã, de minimizarem o risco de uma eventual queda alcoólica, de poderem acordar em qualquer local e tomar um banho sem medo de matar alguém de susto ao terem como escudo apenas uma toalha. Já as antas, digo, antes montadas… Tá, têm lá seu charme decadente, mas ainda assim um crachá da irracionalidade feminina. vai entender…

Vai ter volta!


Aqui se faz aqui se paga. agora vai, carrega sua cruz, faz dela seu escudo e sua arma contra as próximas ciladas que evitará, derramando mil possibilidades de doçura pelo chão. eu não vou te salvar, não vou te carregar, não vou te mostrar o que seus olhos não quiseram ver. parei com isso há algum tempo, porque eu re-al-men-te mereço mais. pela última vez: passou, morreu, morri também pra você. já me fui mil vezes, e sempre deixei evidente que você nunca veio na minha bagagem. sobrei em você como mais um motivo pra que deixe os risos passarem, abraçando aquele papel de vilão que tão bem te veste. e se for pra se fechar, melhor então nem ir, para o bem das desavisadas.

Hoje por acaso encontrei uma fotografia empoeirada nas suas coisas virtuais. foi você quem procurou, e também por isso só pude sentir pena. veja bem: deus não escreve certo nem errado, e as linhas podem ser retas tortas, o que só depende da escolha de cada um. se você faz questão de viver num mundo de equívocos deliberados, engole o dia seguinte e as infinitas ressacas morais e físicas das drogas que você faz e/ou consome. no fim das contas, ninguém se importa. é cada um por si e o tempo contra todos, levando o que a gente deixa de colher na hora certa – e sempre há a hora, o momento, aquele ínfimo respiro em que um olhar ou um toque é capaz de mudar cada existência.

Aahhhhh, a fugacidade dos instantes decisivos… se você não se atira quando há uma cama quentinha pra amortecer sua queda, o próximo salto muito provavelmente vai levá-lo a um tapete de cacos cortantes que você mesmo espalhou. conforme-se: o todo é feito de pequeninos pedaços, e qualquer história a dois é uma colcha de retalhos rasgadoscosturados por dois. o rock acabou, meu bem. nada pra sentir, dia após dia, ausência após ausência, finais de noite vazios um após o outro. pode ligar sua tv no jô sem esperar uma aparição pra te dar um mínimo de conforto ou aconchego. cerveja após cerveja, canção após canção, banho de mar após banho de mar, sempre lhe restará o espaço vazio que cabe àquela projeção que já não sou. o mundo não parou de girar por um segundo sequer desde seu primeiro não – nem desde meu desencanto.

Tem volta, sempre. olha pra esse espelho e aprende. ou continua se escondendo atrás da sua cruz de papelão. talvez sejá esse o karma que você faz questão de alimentar a cada levantar da cama nas suas manhãs – mas eu já não me importo, já não quero conhecer o alguém por trás dessa máscara suja. faz anos não quero suas mãos em mim. e por isso, dadas as circunstâncias, tenho que me repetir: sinto pena, só pena. mas esse leve pesar não me é um caminho pra te confortar num abraço e dizer que vai ficar tudo bem. não vai. não pra você. o caminho vai ser longo, e, ao que tudo indica, suas entregas sempre serão fora de hora e de contexto. pelo que você é, pelo que você deixa de construir, pela sua falta de bom senso.

Sabe que, nesses desencontros da vida – e justamente por causa deles, hoje sei – houve um tempo em que minha curiosidade em relação a você era uma paixão? é claro que você sabe. e sabe que, apesar de até pouco tempo atrás eu ter utilizado como estratégia de sobrevivência sentimental os tais “tampões de afeto” você nunca sequer chegou a ser cogitado como um? estranho, dada minha confessada e suicida carência. talvez sua amargura fosse um preço muito alto pra todas as merdas que já fiz, a maioria delas sem querer e sem pensar, e talvez ninguém mereça tamanha complicação ao longo de uma existência. e olha que um tempo atrás eu adorava problemas, era chegada em qualquer tormenta capaz de sacudir minhas estruturas. acho que, no seu caso, meu senso de auto preservação, que não é lá muito desenvolvido, falou mais alto no meu inconsciente. nem meu imundo coração merecia tanta bagunça.

Apesar de todos os seus pesares, que definitivamente não são meus, esse pequeno episódio me entristeceu. sem fazer o menor esforço posso visualizar perfeitamente o quadro de molduras podres em que você está estacionado – sim, eu já estive aí inúmeras vezes. desejo a você fé e paz e uma reviravolta nesse seu jeito quase que sombrio de ver o mundo das relações a dois. te desejo pulmões razoavelmente limpos, fígado em pleno funcionamento e nariz sem escoriações. te desejo tudo de bom e o alívio do esquecimento, enfim. porque mesmo após a maior das tempestades o mundo pode se fazer um bom lugar pra seguir.