terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esse homem





De manhã cedo esse menino se conforma,
bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. Como esse rapaz não se esquece de pedir por si,
Por sua paz e pelo pão.
Depois sorri, meio sem graça,
e abraça aquele homem, aquele mundo,
Que o faz assim, feliz!
De tardezinha esse menino se namora,
Se enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal.
Ah, como essa coisa e tão bonita...
Ser alegre, ser jovem,
isso tudo é muito bom!

E chora tanto de prazer e de agonia,
de algum dia, qualquer dia entender de ser feliz.

De madrugada esse menino faz tanto estrago.
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar..

Ah, como essa louco se esquece,
quantos homens enlouquece,
nessa boca, nesse chão,
depois parece que acha graça e
agradece ao destino aquilo tudo
Que o faz tão infeliz...

Esse menino, esse rapaz ou esse homem,
em que esbarro toda hora!
Num espelho casual.

É feito de encanto e tanta luz.
De tanta lama e tanta cruz.
Que acha tudo NATURAL.

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