quarta-feira, 17 de março de 2010

As Vitrines


Eu te vejo sumir por aí,
Te avisei que a cidade era um vão.
Dá tua mão. Olha pra mim. Não faz assim. Não vai lá não.
Os letreiros a te colorir. Embaraçam a minha visão. Eu te vi suspirar de aflição,
e sair da sessão, frouxa de rir. Já te vejo brincando, gostando de ser.
Tua sombra a se multiplicar. Nos teus olhos também posso ver. As vitrines,
te vendo passar;
Na galeria... Cada clarão.. É como um dia depois de outro dia. Abrindo um salão
Passas em exposição. Passas sem ver teu vigia.
Catando a poesia. Que entornas no chão.
(chico buarque).

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